Contemplo essa vida vazia que só entedia
Sem companhia e sem luz do dia
Não há mais futuro eu fujo do ar puro
Eu me camuflo no escuro
Turno noturno
Acende a vela, amarela a resina sobre a pele dela
Foda-se a porra da terra
E foda-se o bando de merda que reside nela
Não tenho amigos, meu ódio é eterno
Fica comigo eu te mostro inferno
Não preciso de ninguém por perto
Bato a cinza por cima do feto
Coluna torta como uma flor morta
Ninguém se importa, sufoca na corda
Sem preconceito geral me enoja
Eu odeio o jeito que você me olha
Dentro do crânio se esconde o demônio
Por isso eu fumo, mato neurônio
Sigo o consumo, o Sol nasce eu sumo
A faca no prumo faz furo profundo
Me afundo em tristeza, não vejo beleza
Minha doença é na cabeça
Prensa e não pensa, tenho certeza
Que eu pertenço a outro planeta