Sentir dor virou meu tipo de prazer favorito
Na minha veia esgueira um sangue maldito, e é lindo o
Jeito que o tecido absorve
Alívio ao perceber que tudo com o tempo aqui morre
Em plena
Primavera podre, desabrochando carcaças
Eu me estendo noite adentro me entretendo com umas facas
Capa, casca, um arquétipo, tudo é primitivo
Repudio o parto pois eu parto do princípio
De que nada faz sentido tendo em vista o grande esquema
Contemplo a face do abismo e sobrevivo a profundeza
Invado seu construto, busco sangue sem plaqueta
Favor a si mesmo, faça depois disso se agradeça
São milhões de gerações
São camadas de mentiras
Dimensões com opções de sofrimento
Pra passar um tempo dentro vendo
O hediondo fim se aproximando